terça-feira, 4 de outubro de 2011

A Voz do Pastor - "A Palavra se fez carne e veio morar entre nós" (Jo 1, 14)


Meus irmãos, Cristo, Verbo eterno do Pai, se encarnou num tempo e história concretos, mas continua exercendo a sua eficácia na medida em que o acolhemos e permitimos plasmar em nosso coração seu Coração Misericordioso que é solidário e companheiro nas estradas da nossa existência, tão marcadas por desafios e perplexidades.
Desta forma, a Palavra de Deus será cada vez mais vivo e eficaz elemento de transformação da sociedade e das nossas relações interpessoais.
No capítulo 55 do livro do profeta Isaías, lemos que: “Como a chuva e a neve que caem do céu para lá não voltam sem antes molhar a terra e fazê-la germinar e brotar, a fim de produzir semente para quem planta e alimento para quem come, assim também acontece com a minha palavra. Ela sai da minha boca e para mim não volta sem ter produzido seu resultado, sem fazer aquilo que planejei, sem cumprir com sucesso a sua missão”. (vv. 10-11)
Nosso Senhor Jesus Cristo realizou plenamente esta profecia de Isaías quando, na sua encarnação e no curso de toda a sua humana existência, não tinha outro desejo que o de realizar com alegria a soberana Vontade do Pai, que não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva.
Do mesmo modo, irmãos, é grande a nossa missão, à medida que nos identificamos mais plenamente a Cristo na sua vida e missão, paixão, morte e ressurreição. Nos sacramentos nos configuramos a Cristo e Ele nos dá seu Espírito que nos impulsiona à missão.
É imperiosa a conscientização de todos os batizados para a missão “ad gentes”, pois conscientizados do seu múnus missionário, os cristãos são impelidos a um decidido e ardoroso envio que se realizará no tecido da nossa história cotidiana através de opções e posicionamentos, estilo e modos de convivência reveladores de um espírito inquieto e desejoso como o de Cristo pela salvação dos homens.
A nova evangelização não se refere a uma “outra evangelização”, pois Cristo e sua mensagem salvífica permanecem os mesmos, precisamos, entretanto, semear a Palavra eterna em cada tempo, confrontando todos os desafios hodiernos. Em nosso tempo, um dos grandes e instigantes desafios é justamente a evangelização dos batizados.
O Papa João Paulo II apontava para a urgência de uma nova evangelização com novos métodos, novo ardor e novas expressões. Em nossos tempos, faz-se necessária uma atenção no sentido de defender e promover os direitos humanos de toda pessoa, em especial o direito à vida. Que seja esta uma estrada segura para vivermos bem o mês missionário deste ano.

Dom Edney Gouvêa Mattoso,
Bispo Diocesano de Nova Friburgo

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Intenções do Papa para outubro


Neste mês de outubro, a intenção geral de oração do Papa Bento XVI é “pelos doentes terminais, para que os seus sofrimentos sejam aliviados pela fé em Deus e pelo amor dos seus irmãos.

E a intenção missionário é pelo Dia Mundial das Missões, que será celebrado neste sábado, 1º, “para que a celebração do Dia Mundial das Missões faça crescer no povo de Deus a paixão da evangelização assim como o apoio a toda a atividade missionária, pela oração e pela ajuda econômica às Igrejas mais pobres”.

Todos os meses, o Santo Padre confia suas intenções ao Apostolado da Oração, uma iniciativa que é seguida por milhões de pessoas em todo mundo.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Voz do Pastor - Passo a passo o caminho se faz


Caros amigos, estamos em pleno mês de setembro, que tradicionalmente se dedica, no Brasil, à Palavra de Deus. Este ano, a CNBB escolheu o para o estudo de nossas comunidades uma parte do livro do Êxodo: Ex 15,22-18,27; que trata da travessia do Povo de Deus desde o Mar Vermelho até o Monte Sinai.
Neste caminho, vislumbramos, como em um espelho, a vida de nossas comunidades atuais. Em meio às dificuldades de afirmar-se como povo livre e, por conseguinte, responsável pela própria subsistência e organização, o povo reconhece a presença de seu Libertador. Ele se mostra sempre próximo ao povo que Ele mesmo escolheu e guia pelo deserto.
As intervenções do Senhor na vida da gente que caminhou pelo deserto são a prova do cuidado do Criador que quer fazer uma aliança de amor. A cada passo, em cada acontecimento, se fazia o caminho da fidelidade em meio às dificuldades, se percebia que acima de todos os bens materiais que Deus concedia no deserto, estava o dom maior de sua presença divina.
Nossas comunidades de hoje também caminham em meio a tribulações, sejam elas causadas pelas necessidades materiais ou inimigos externos, ou a consequência do egoísmo e pequenez de coração de tantos, que se transformam em um verdadeiro desafio ao crescimento do Reino de Deus.
O lema deste mês da bíblia é “Aproximai-vos do Senhor” (Ex 16,9) e este também, ao meu ver, é o antídoto para os nossos males de itinerantes no deserto do mundo moderno. A proximidade do Senhor estimula a justiça e suscita a partilha fraterna dos bens, desterra os vícios e aumenta a caridade e disponibilidade nos corações.
Como afirma são Paulo a cerca do tema proposto para o estudo: “estes acontecimentos se tornaram símbolos para nós, a fim de não desejarmos coisas más, como eles desejaram” (1Cor 10, 6). Deus quer ajudar-nos no caminho da liberdade, porém a liberdade não está em possuir uma terra própria e não ter senhor, mas radica em uma atitude interior de desapego, responsabilidade e gratidão em relação aos bens que Deus nos dá. Quando aprendermos que muitas das coisas que nos ocupam o pensamento e o coração são contingentes em relação às coisas realmente importantes, como a fidelidade a Deus, o cuidado da família e dos amigos, o desejo de sermos melhores para o serviço dos irmãos; então seremos realmente livres e poderemos entrar na Terra Prometida que Senhor nos preparou.

Dom Edney Gouvêa Mattoso,
Bispo Diocesano de Nova Friburgo

Voz do Pastor - A unção de Betânia


Caros irmãos e irmãs, chama nossa atenção que ultimamente tem se manifestado dentro da Igreja uma atitude crítica, estranha à autêntica tradição cristã, que desaprova o esforço empregado na beleza e dignidade do culto cristão. Entre os motivos alegados alguns aludem até à simplicidade de Jesus Cristo. A este respeito, convido a meditarmos sobre o conhecido episódio da Unção de Betânia (Jo 12), na qual Cristo, estando na casa de seus amigos, tem os seus pés ungidos com um caríssimo perfume.
Aos olhos incrédulos, não parece desproporcionada a pergunta de Judas, um dos apóstolos: “Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres?” (Jo 12,5). A posição de Maria, que ungiu os pés do Senhor, entretanto, parece ser distinta e é Cristo que a explica quando diz: “Deixai-a; ela guardou este perfume para o dia da minha sepultura” (Jo 12, 7).
O texto evangélico nos revela que por trás de uma caricatura de piedade cristã que não receia em gastar consigo – porque Judas “dizia isso não porque ele se interessasse pelos pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, furtava o que nela lançavam” (Jo 12,6) –, mas vê com maus olhos o desperdício com as coisas de Deus, se escondia o rosto do traidor.
Caros amigos, se nos decidimos a caminhar com Jesus, em um cotidiano encontro com o Senhor na sua Palavra, na Liturgia da Igreja e no amor fraterno, devemos esforçar-nos por recebê-lo sempre bem.
A primeira preparação deve ser evidentemente interior, uma atitude profunda do coração, um movimento daquele que ama e procura o Senhor de sua vida. Porém, pressuposta esta, também devemos dispor os meios externos.
O Concílio Vaticano II nos ensina que “Cristo está sempre presente na sua igreja, especialmente nas ações litúrgicas” (SC 7), de modo que “a Liturgia, ao mesmo tempo que edifica os que estão na Igreja em templo santo no Senhor (...) robustece de modo admirável as suas energias para pregar Cristo e mostra a Igreja aos que estão fora” (SC 2). Se tal é a importância do culto, não nos surpreende a exclamação do salmista: “Senhor, eu amo a casa onde habitais e o lugar em que reside a vossa glória” (Sl 25, 8).
Uma das finalidades de nosso dízimo e ofertas deve ser o culto, sua beleza e dignidade, nisto se reconhece a atitude daqueles que todos os dias se alegram com a presença de Cristo que nos da a vida eterna e nos convida a subir com ele para Jerusalém. Também nestes detalhes manifestamos nossa fé ao mundo, e nosso amor a Deus.

Dom Edney Gouvêa Mattoso,
Bispo Diocesano de Nova Friburgo

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Aberto concurso para escolha do logo da JMJ Rio 2013


Foi lançado, na manhã desta terça-feira, 27, o concurso que irá escolher a logomarca oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio-2013. O anúncio foi feito pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, durante a inauguração da sede do Comitê Organizador Local (COL/Rio).

Dom Orani fez o anúncio do regulamento do concurso e deu a bênção ao local que centralizará todas as atividades relacionadas à Jornada. A JMJ está marcada para os dias 23 a 28 de julho de 2013 e reunirá milhares de jovens do mundo inteiro.

“Este momento é significativo para todos nós. Neste lugar, daremos continuidade aos trabalhos iniciados dia 21 de agosto, logo após o anuncio oficial que o Rio seria Sede da JMJ 2013. Aqui é a sede oficial do Comitê Local, que junto com o Comitê Central, que fica no Vaticano, servirá para a organização de todas as ações relacionadas à Jornada”, explicou o arcebispo.

Concurso

Após a bênção do espaço físico do COL/Rio, Dom Orani assinou o contrato que autoriza o concurso para a escolha da Logo oficial da JMJ Rio2013. As inscrições poderão ser realizadas entre os dias 27 de setembro a 22 de outubro de 2011. O regulamento e o termo de cessão gratuita de direitos autorais estão disponíveis no site oficial do evento: www.rio2013.com.

Os trabalhos e a documentação original exigida deverão ser enviados exclusivamente pelos correios para o Instituto JMJ Rio2013, no endereço:
Rua Benjamin Constant, 23 – 7° andar,
Cep 20241–150, Rio de Janeiro (RJ)


A seleção para escolher a logomarca oficial será feita em três fases. Na primeira, será feita uma pré-seleção online para a escolha dos 20 melhores trabalhos, através do site, onde as pessoas poderão votar nas logomarcas preferidas.

No segundo momento, os 20 trabalhos escolhidos serão submetidos à avaliação de uma comissão julgadora especializada do COL/Rio, que irá selecionar as cinco finalistas. E na última fase de seleção, os cinco melhores trabalhos serão enviados para o Pontifício Conselho para os Leigos, no Vaticano, que fará a escolha da Logo oficial.

O resultado será divulgado no dia 3 de dezembro de 2011, no Santuário do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

Entre os critérios para elaboração da logo estão: desenho original e inédito; incluir as siglas JMJ 2013; refletir a identidade cristã do evento; deve conter uma cruz ou referência clara e inequívoca ao símbolo; ser representativa do Rio de Janeiro; ter como inspiração o lema da JMJ que é “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”, retirado do evangelho de Mateus 28,9.

Mais informações pelo telefone (21) 3549-6730, com Rocélia Santos, ou através do email comunic@rio2013.com.

Jovens criam espaço virtual para estudar o Catecismo da Igreja


Recentemente foi lançado um livro, chamado de YouCat, abreviação das palavras Youth (Jovem) e Cathecism (Catecismo), na língua portuguesa, o Catecismo Jovem. Trata-se de uma edição do Catecismo da Igreja Católica voltado aos jovens, com uma linguagem apropriada, muitas imagens e textos complementares.
No formato é muito parecido com o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, que se dá em perguntas e respostas. Na estrutura e divisão de assuntos segue a divisão do próprio Catecismo: Em que cremos; Como celebramos os mistérios cristãos; A vida em Cristo; Como devemos orar.
Na mochila de todos os participantes da Jornada Mundial da Juventude, que aconteceu em agosto deste ano, todos os jovens receberam como presente do próprio papa, um Catecismo Jovem. E no prefácio, Bento XVI fez um convite especial: “Formai grupos de estudo nas redes sociais, partilhai-o entre vós na internet. Permanecei deste modo num diálogo sobre a vossa fé”.
Atendendo a este pedido, cinco seminaristas da arquidiocese de Florianópolis (SC), estudantes de Filosofia em Brusque, resolveram criar espaços para a partilha e estudo do YouCat, abrindo assim um espaço virtual para o diálogo sobre a fé.
Inicialmente foi criado um twitter (@CatecismoJovem), rede social que está em destaque atualmente entre a juventude. Muitos seguem, twittam, mencionam muitas coisas durante o dia, e com este twitter abriu-se um espaço concreto para o jovem conhecer o que a sua Igreja tem a dizer, de uma forma jovem. Também foi criado um facebook (www.facebook.com/catecismojovem), que traz diariamente imagens, textos e frases do YouCat.
Posteriormente foi criado um blog (www.catecismojovem.blogspot.com), que é atualizado diariamente com assuntos e material retirado do próprio YouCat. Em uma linguagem acessível, leve e curta, o jovem pode ler a opinião da Igreja sobre determinados assuntos.
Os resultados foram rápidos, sendo quem em menos de três meses o twitter já tem mais de 1700 seguidores, 1200 amigos no facebook e mais de 10 mil visitas no blog. Porém, para os seminaristas, os números não é o dado mais importante. “O que mais nos faz felizes é ver a quantidade de jovens interagindo, perguntando e assim conhecendo melhor a sua fé” afirmou Paulo Chaves, seminarista e membro da equipe.
Além disso, em setembro deste ano, o Catecismo Jovem foi tema do Programa Revolução Jesus, na Canção Nova, sendo citados o twitter e blog como grande fonte de difusão do YouCat. “Para nós foi muito gratificante ver a repercussão que teve uma ideia simples como esta que tivemos, respondendo ao pedido do Papa. As redes sociais podem ser nossas aliadas na evangelização”, afirmou Diogo Cesar, membro da equipe.
Esta experiência reforça a importância da nova evangelização, da aproximação pedida pelo Papa, dos jovens em seu próprio espaço, tendo sempre em vista a evangelização e o anúncio de Jesus Cristo, que deverá transformar a vida de cada jovem.
Fonte: CNBB

domingo, 25 de setembro de 2011

Pastoral da Juventude lança Encontro Nacional em Maringá


A Pastoral da Juventude Nacional lança hoje, 22, a 10ª edição de seu Encontro Nacional (ENPJ), que acontecerá entre os dias 8 e 15 de janeiro de 2012, em Maringá (PR). Será a primeira vez que o Regional Sul 2 (Paraná) receberá o encontro.
O ENPJ é um momento em que a Pastoral da Juventude (PJ), se reúne em uma diocese para refletir, partilhar e celebrar a vida e a caminhada dos grupos de jovens. O encontro é realizado a cada três anos, reunindo jovens e assessores da PJ de todas as dioceses do Brasil.
São esperados mais de 800 pessoas, entre assessores e convidados, que irão debater o tema “Somos Igreja Jovem”, à luz da celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II, das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil (DGAE 2011-2015) e do Plano de Ação Pastoral da PJ. Embalados pelo lema: “Na Ciranda da vida, a nossa missão é amar sem medida”, os participantes celebrarão e se animarão para que vivam em comunidade e juntos possam defender a juventude.
Segundo o Secretário Nacional da PJ, Thiesco Crisóstomo, a 10ª edição do ENPJ será um marco na caminhada da PJ, “pois vai potencializar a ação pastoral realizada há 30 anos na Igreja do Brasil. Momento de favorecer com que os participantes possam partilhar, celebrar e assumir a caminhada como Igreja Jovem”, disse.
O encontro acontecerá no Centro de Formação Bom Pastor e contará com o apoio da arquidiocese de Maringá e do Regional Sul 2 da CNBB.
A PJ de Maringá e do Regional Sul 2 está desenvolvendo um trabalho de preparação da atividade, visando o envolvimento dos grupos de jovens de todo o estado do Paraná. As expectativas em receber o ENPJ são muitas, para o vice-coordenador da PJ em Maringá, Gelinton Batista, “o encontro será momento especial na caminhada dos milhares de grupos de jovens de todo Brasil, que acreditam na Civilização do Amor e buscam em Cristo o jeito jovem de ser Igreja”.

Fonte: CNBB

"Renovação da Igreja acontece pela fé renovada", diz Papa


"Não são as palavras que contam, mas o agir, os atos de conversão e de fé", afirmou o Papa Bento XVI na manhã deste domingo, 25, na Santa Missa realizada na cidade de Friburgo, no último dia de sua viagem à Alemanha.

Na homilia, diante dos inúmeros fiéis presentes no Aeroporto Turístico de Friburgo, o Pontífice refletiu sobre o Evangelho deste domingo que conta a parábola dos dois filhos que são convidados pelo pai para irem trabalhar na vinha. O primeiro filho responde ao pai que "não quer", mas depois se arrepende e vai. O segundo filho diz "eu vou, senhor", porém não vai trabalhar na vinha. Com esse exemplo, Jesus questiona, qual dos dois fez a vontade do pai? "O primeiro", respondem os ouvintes. De fato, explica Bento XVI, é o agir que conta, não as palavras.

O Papa disse ainda que se essa parábola fosse traduzida em linguagem do nosso tempo, seria mais ou menos assim: "agnósticos que, por causa da questão de Deus, não encontram paz e pessoas que sofrem por causa dos nossos pecados e sentem desejo de um coração puro estão mais perto do Reino de Deus de quanto o estejam os fiéis rotineiros, que na Igreja já só conseguem ver o aparato sem que o seu coração seja tocado pela fé". 

Porém, salienta Bento XVI, isto não quer dizer que "todos quantos vivem na Igreja e trabalham para ela se devam considerar distantes de Jesus e do Reino de Deus. Absolutamente, não!". O Pontífice explica: "Tal serviço requer, primariamente, uma competência objetiva e profissional; mas, no espírito do ensinamento de Jesus, exige-se algo mais, ou seja, o coração aberto, que se deixa tocar pelo amor de Cristo, e deste modo é prestado ao próximo, que precisa de nós, mais do que um serviço técnico: o amor, no qual se torna visível ao outro o Deus que ama, Cristo".

Diante disso, o Papa disse que é preciso questionar-se: "como é a minha relação pessoal com Deus na oração? Como é a participação da Missa dominical, o aprofundamento da fé por meio da meditação da Sagrada Escritura e do estudo do Catecismo da Igreja Católica?"

E afirmou que "a renovação da Igreja só poderá realizar-se através da disponibilidade à conversão e de uma fé renovada".

O Santo Padre explicou que o Evangelho deste domingo fala dos dois filhos, mas misteriosamente, por detrás deles, há um terceiro filho. Aquele que diz "sim" e faz a vontade do pai. Este terceiro filho é Jesus Cristo, que ao entrar no mundo disse: "Eis que venho… para fazer, ó Deus, a vossa vontade" (Heb 10, 7). "Este "sim", Ele não se limitou a pronunciá-lo, mas cumpriu-o", ao morrer na cruz pelos seus irmãos e irmãs, redimindo-os da "soberba e obstinação".

"Agradeçamos-Lhe pelo seu sacrifício, ajoelhemos diante do seu Nome e, juntamente com os discípulos da primeira geração, proclamemos: "Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Fl 2, 11)", convidou o Papa.

Bento XVI disse que "a vida cristã deve medir-se continuamente pela de Cristo", num viver para o outro, com um compromisso humilde a favor do próximo e do bem comum.

"Peçamos a Deus a coragem e a humildade de prosseguirmos pelo caminho da fé, de nos saciarmos na riqueza da sua misericórdia e de mantermos o olhar fixo em Cristo, a Palavra que faz novas todas as coisas, que é para nós "o caminho, a verdade e a vida" (Jo 14, 6), que é o nosso futuro", concluiu o Papa.

Após a Celebração Eucarística, o Santo Padre fez a oração mariano do Angelus. Neste domingo, o Papa irá almoçar com os membros da Conferência Episcopal Alemã e com a comitiva papal. Mais tarde se encontrará com os juízes da Corte Constitucional Federal e, em seguida, com os católicos comprometidos 
 
Fonte: Canção Nova

A Igreja precisa mudar? reflete Bento XVI na viagem à Alemanha


Há décadas, vemos uma diminuição da prática religiosa e percebemos o afastamento de grande número de batizados da vida da Igreja, disse o Papa Bento XVI no encontro com os católicos comprometidos na Igreja e na sociedade, em Friburgo, neste domingo, 25, último dia de sua viagem à Alemanha.

Diante dessa situação, surge a pergunta: Porventura não deverá a Igreja mudar? Não deverá ela, nos seus serviços e nas suas estruturas, adaptar-se ao tempo presente, para chegar às pessoas de hoje que vivem em estado de busca e na dúvida?

O Santo Padre recordou um pequeno episódio que traz dois ensinamentos. "Uma vez alguém pediu a beata Madre Teresa para dizer qual seria, segundo ela, a primeira coisa a mudar na Igreja. A sua reposta foi: tu e eu!".
Em primeiro lugar, essa resposta diz que "a Igreja não são apenas os outros ou a hierarquia..., mas somos todos nós, os batizados". Por outro lado, a religiosa parte do pressuposto de que há uma necessidade de mudança, por isso "cada cristão e a comunidade dos crentes são chamados a uma contínua conversão".

Mas como acontecerá essa mudança? reflete o Papa. Para ele, o motivo fundamental da mudança é a "missão apostólica" dos discípulos e da própria Igreja, que "deve verificar incessantemente a sua fidelidade a esta missão".

Desmundanizar a Igreja

Bento XVI disse que, devido às pretensões e condicionamentos do mundo, o testemunho cristão muitas vezes fica ofuscado e a mensagem do Evangelho acaba relativizada. E explicou que "para cumprir a sua missão, ela [a Igreja] deverá continuamente manter a distância do seu ambiente, deve por assim dizer 'desmundanizar-se'".

A Igreja, afirma o Papa, encontra o seu sentido exclusivamente no compromisso de "ser instrumento da redenção, de permear o mundo com a palavra de Deus e de transformá-lo introduzindo-o na união de amor com Deus".

Entretanto, ao longo do desenvolvimento da Igreja, muitas vezes manifestou-se uma tendência contrária a isso: a de uma Igreja que se acomoda neste mundo, torna-se autossuficiente e se adapta aos critérios do mundo. "Deste modo, dá uma importância maior, não ao seu chamamento à abertura, mas à organização e à institucionalização", apontou.

"Para corresponder à sua verdadeira tarefa, a Igreja deve esforçar-se sem cessar por destacar-se da mundanidade do mundo. Assim fazendo, ela segue as palavras de Jesus: 'Eles não são do mundo, como também Eu não sou do mundo' (Jo 17, 16)", destacou Bento XVI.

Segundo ele, a história, em certo sentido, vem em auxílio da Igreja com as diversas épocas de secularização, que contribuíram de modo essencial para sua purificação e reforma interior. "As secularizações... sempre significaram uma profunda libertação da Igreja de formas de mundanidade: despojava-se, por assim dizer, da sua riqueza terrena e voltava a abraçar plenamente a sua pobreza terrena".

Os exemplos históricos mostram que o testemunho missionário de uma Igreja "desmundanizada" refulge de modo mais claro. "Liberta do seu fardo material e político, a Igreja pode dedicar-se melhor e de modo verdadeiramente cristão ao mundo inteiro, pode estar verdadeiramente aberta ao mundo. Pode de novo viver, com mais agilidade, a sua vocação ao ministério da adoração de Deus e ao serviço do próximo", afirmou o Papa.

Escândado da cruz

Bento XVI afirmou que, a fé cristã constitui, ainda hoje, um escândalo para o homem. "[Crer] que o Deus eterno se preocupe conosco, seres humanos, e nos conheça; que o Inatingível, num determinado momento, se tenha colocado ao nosso alcance; que o Imortal tenha sofrido e morrido na cruz; que nos sejam prometidas a nós, seres mortais, a ressurreição e a vida eterna – crer em tudo isto é para nós, homens, uma verdadeira presunção".

Este escândalo - destacou o Santo Padre -, que não pode ser abolido se não se quer abolir o cristianismo, "foi infelizmente encoberto por outros tristes escândalos dos anunciadores da fé". "Cria-se uma situação perigosa, quando estes escândalos ocupam o lugar do 'skandalon' primordial da Cruz tornando-o assim inacessível, isto é, quando escondem a verdadeira exigência cristã por trás da incongruência dos seus mensageiros".

Força da fé cristã

Há mais uma razão para pensar que seja novamente a hora de tirar corajosamente o que há de mundano na Igreja, ressaltou o Papa. "Isto não significa retirar-se do mundo. Uma Igreja aliviada dos elementos mundanos é capaz de comunicar aos homens, precisamente no âmbito sóciocaritativo – tanto aos que sofrem como àqueles que os ajudam –, a força vital particular da fé cristã".

"Certamente também as obras caritativas da Igreja devem continuamente prestar atenção à necessidade duma adequada separação do mundo, para evitar que, devido a um progressivo afastamento da Igreja, se sequem as suas raízes. Só a relação profunda com Deus torna possível uma atenção plena ao homem, tal como sem a atenção ao próximo se empobrece a relação com Deus", pontualizou.

Para a Igreja "desmundanizada", ser aberta às vicissitudes do mundo significa testemunhar segundo o Evangelho, com palavras e obras, aqui e agora a soberania do amor de Deus. "Esta tarefa remete ainda para além do mundo presente: de fato, a vida presente inclui a ligação com a vida eterna. Como indivíduos e como comunidade da Igreja, vivemos a simplicidade dum grande amor que, no mundo, é simultaneamente a coisa mais fácil e a mais difícil, porque requer nada mais nada menos que o doar-se a si mesmo", concluiu.

Após o encontro, o Santo Padre se dirigiu ao Aeroporto de Lahr, onde participará da cerimônia de despedida, antes de retornar a Roma.

Fonte: Canção Nova

sábado, 24 de setembro de 2011

Cristo é a luz que ilumina as trevas da vida, diz Papa aos jovens


"Ao nosso redor pode haver a escuridão e as trevas, todavia vemos uma luz, uma chama pequena, que é mais forte do que a escuridão. Cristo, que ressuscitou dos mortos, brilha neste mundo". Foi o que disse o Papa Bento XVI na Vigília de Oração com os jovens, neste sábado, 24, na Feira de Friburgo, durante sua visita apostólica à Alemanha.

O Santo Padre destacou que, aqueles que acreditam em Cristo, não são poupados do sofrimento, mas mesmo "na noite mais escura", enxergam uma luz e "veem já o fulgor de um novo dia".

Ao longo da história, explicou o Papa, algumas pessoas se consideraram "portadores de luz", mas sem terem sido iluminados por Cristo, "que é a única verdadeira luz", eles não criaram nenhum "paraíso terrestre", pelo contrário, instauraram ditaduras e sistemas totalitários onde a humanidade foi sufocada. 
Neste ponto, não devemos calar o fato de que o mal existe, afirmou o Papa. "Vemos o mal em tantos lugares, mas o vemos também na nossa própria vida... no nosso próprio coração, existe a inclinação para o mal, o egoísmo, a inveja, a agressividade".

Então como pode Cristo dizer que os cristãos são a luz do mundo?, indagou o Pontífice. "Cada batizado – ainda antes de poder realizar boas obras ou particulares ações – é santificado por Deus. No batismo, o Senhor acende, por assim dizer, uma luz na nossa vida, uma luz que o Catecismo chama a graça santificante. Quem conservar essa luz, quem viver na graça, é efetivamente santo", explicou.

O Papa afirmou que para Cristo não importa quantas vezes vacilamos ou caimos na vida, mas quantas vezes nos erguemos. "Não exige ações extraordinárias, mas quer que a sua luz brilhe em vós. Não vos chama porque sois bons e perfeitos, mas porque Ele é bom e quer tornar-vos seus amigos. Sim, vós sois a luz do mundo, porque Jesus é a vossa luz. Sois cristãos, não porque realizais coisas singulares e extraordinárias, mas porque Ele, Cristo, é a vossa vida", destacou.

O Santo Padre motivou os jovens a não ter medo de fazer renúncias por amor a Cristo: "Não tenhais medo de perder alguma coisa, ficando, no fim, por assim dizer de mãos vazias. Tende a coragem de empenhar os vossos talentos e os vossos dotes pelo Reino de Deus e de vos dar a vós mesmos – como a cera da vela –, para que o Senhor ilumine, por vosso meio, a escuridão".

"Sabei ousar ser santos ardorosos, em cujos olhos e coração brilha o amor de Cristo e que, deste modo, trazem luz ao mundo... Vós sois a luz do mundo", concluiu Bento XVI.

O Pontífice continua seus compromissos neste domingo, com a Missa no Aeroporto Turístico de Friburgo, em seguida, fará a recitação do Angelus.

Fonte: Canção Nova

Relativismo faz muitos perderem o sentido da vida, salienta Papa


Num tempo caracterizado em grande parte por um relativismo subliminar que penetra todos os âmbitos da vida, muitos acabam perdendo o verdadeiro sentido da vida, destacou o Papa Bento XVI ao Conselho do Comitê Central dos Católicos Alemães, na tarde deste sábado, 24. O compromisso faz parte da agenda desta 21ª viagem internacional do Papa.

“Notamos como este relativismo exerce uma influência cada vez maior sobre as relações humanas e a sociedade. Isto exprime-se também na inconstância e descontinuidade de vida de muitas pessoas e num individualismo excessivo. Há pessoas que não parecem capazes de renunciar de modo algum a determinada coisa ou de fazer um sacrifício pelos outros”, enfatizou o Pontífice.

O Santo Padre salientou que este individualismo excessivo reflete-se também na vida conjugal: muitos já não são capazes de se unir de forma incondicional a uma outra pessoa, não têm coragem de prometer ser fiel a vida toda, de entregar-se a uma só pessoa, de comprometer-se resolutamente com a fidelidade e a veracidade, e de procurar sinceramente as soluções dos problemas.
Numa reflexão mais elaborada da sociedade, o Papa enfatiza que é preciso olhar a pessoa humana na sua totalidade tendo em vista sua relação com o Criador.

“Vemos que, no nosso mundo rico ocidental, há carências. Muitas pessoas carecem da experiência da bondade de Deus. Não encontram qualquer ponto de contato com as Igrejas institucionais e suas estruturas tradicionais. Mas porquê? Penso que esta seja uma pergunta sobre a qual devemos refletir muito a sério. Ocupar-se desta questão é a tarefa principal do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização”, salientou.

Na Alemanha, como em outros países, vê-se por detrás das estruturas, a falta de um Deus vivo, destacou o Pontífice.“E Digo mais: a verdadeira crise da Igreja no mundo ocidental é uma crise de fé. Se não chegarmos a uma verdadeira renovação da fé, qualquer reforma estrutural permanecerá ineficaz”, afirmou.

É necessário voltar-se às pessoas a quem falta a experiência da bondade de Deus para que elas possam expor a sua nostalgia interior, disse o Papa, acrescentando que todos são chamados a procurar novos caminhos para a evangelização.

“Um destes caminhos poderiam ser as pequenas comunidades, onde sobrevivem as amizades, que são aprofundadas na frequente adoração comunitária de Deus. Aqui há pessoas que contam as suas pequenas experiências de fé no emprego e no âmbito da família e dos conhecidos, testemunhando assim uma nova proximidade da Igreja à sociedade. Depois, a seus olhos, aparece de modo cada vez mais claro que todos necessitam deste alimento do amor, da amizade concreta de um pelo outro e pelo Senhor. Permanece importante a ligação com a seiva vital da Eucaristia, porque sem Cristo nada podemos fazer”, ressaltou o Santo Padre.

Por fim, o Papa pediu a Deus que indique o caminho para que toda a Igreja seja luz no mundo, para que cada um possa mostrar  ao próximo o caminho para a Fonte, onde possam saciar o seu profundo anseio de vida.

Fonte: Canção Nova

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A voz do Pastor "Palavra de Deus"


"A palavra do senhor permanece eternamente. E esta é a palavra do Evangelho que vos foi anunciada" (1 Pd 1, 25; cf. Is 40, 8). Com esta afirmação o Santo Padre Bento XVI inicia sua última exortação apostólica dedicada ao estudo da Palavra de Deus. Ela é um dom divino para o seu povo, que é a Igreja, uma iniciativa de diálogo que revela quem é Deus e quem é o homem, que, somente neste intercâmbio, pode compreender-se plenamente.
O Senhor não é alheio às nossas preocupações cotidianas, mas fala porque ama, porque se importa conosco. Assim, sua aproximação nunca poderá ser encarada como uma ameaça, mas é sempre uma atitude salvadora, uma ajuda e incentivo para que nos unamos cada dia mais a Ele e sejamos cada vez mais autênticos.
O encontro diário com a Palavra de Deus tem esse poder transformador que se inicia no interior do coração daquele que crê e transborda em graças para toda a sua vida.
Infelizmente, entretanto, padecemos, em ocasiões, de uma grave surdez em relação a Deus. Não que o Evangelho não seja pregado. Na verdade, por causa dos meios digitais que hoje temos, sua pregação é mais frequente do que nunca; porém falta, por parte dos que pregam e dos que ouvem, um verdadeiro tempo de recolhimento onde a voz de Deus possa ser "ouvida", assimilada em nosso dia-a-dia.
Encontrar-se com Deus é um caminho eminentemente interior, um itinerário de escuta e diálogo, um aprendizado que ilumina toda a vida. Neste sentido podemos dizer que a Palavra é o alimento diário que revigora as energias do discípulo de Cristo e dá sentido ao seu caminho. Canta o Salmo: "Lâmpada para meus passos é tua Palavra, e luz no meu caminho" (Sl 119, 105).
Para que seja um alimento consistente, a bíblia deve ser lida em seu sentido global, ou seja, como uma unidade entre os seus 72 livros e com toda a tradição que a Igreja recebeu dos apóstolos e que é conservada com o auxílio do Espírito Santo, pois "sem a ação eficaz do 'Espírito da Verdade' (Jo 14, 16), não se podem compreender as palavras do Senhor" (VD, 16).
A revelação de Deus nunca deve, portanto, ser usada para amedrontar os filhos de Deus, ou para sobrecarregá-los de minúcias sem sentido, mas para guiá-los em seu itinerário para Deus, para libertar suas vidas através do plano salvador e prática dos ensinamentos evangélicos, para encaminhá-los para os sacramentos.
Que este mês de setembro seja um tempo oportuno para aumentarmos nossa intimidade com Deus e, sobre ela, reconstruir toda a nossa vida!

Dom Edney Gouvêa Mattoso,
Bispo Diocesano de Nova Friburgo

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

JMJ no Brasil: Cruz dos jovens e ícone mariano chegam ao país


Os dois maiores símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) já estão em solo brasileiro. A Cruz dos Jovens e o ícone de Nossa Senhora chegaram ao Aeroporto Internacional de Brasília nesta quinta-feira, 15, às 16h, e seguiram para o terminal de cargas.

No total, são três caixas: uma com a haste, medindo 3,8m, e outra com o braço da Cruz, além de uma com o ícone mariano. Como o expediente da Receita Federal no aeroporto encerrou-se às 17h, não houve tempo hábil para que a liberação fosse feita ainda nesta quinta-feira. A previsão é que em torno das 11h desta sexta, 16, todos os trâmites necessários já tenham sido percorridos.

Logo após terem sido liberadas pelas autoridades, a Cruz e o ícone seguem para a Nunciatura Apostólica. Lá, o Núncio, Dom Lorenzo Baldisseri, deve conversar com a imprensa e falar sobre o evento que acontece no Brasil, em 2013.

"A Cruz chegou no Brasil. Agora vamos nos preparar para a festa do domingo, em São Paulo, quando será recebida por todos os jovens com muita festa e alegria. Assim, daremos início à Jornada Mundial da Juventude no Brasil", disse um dos integrantes da equipe organizadora da JMJ no país, padre Valdeir dos Santos Goulart, que estava presente no aeroporto.

A grande festa de acolhimento oficial dos dois símbolos acontece no domingo, 18, durante o "Bote Fé", na capital paulista. 
Fonte: Canção Nova

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Amizade, dom de Deus – parte III

         
        Caríssimos leitores, temos nos detido nestes últimos meses na prazerosa investigação das bênçãos que Deus nos concede através do Dom da Amizade. Já perpassamos os caminho da contemplação do exemplo deixado por Cristo nas relações fraternas que Ele estabeleceu com os seus e no grande amor com o qual Deus nos ama, a ponto de se poder afirmar: “De tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). Hoje, perseverando nestas veredas, na reta final de nossas considerações acerca deste tema, nos ateremos à ação de Deus em nossas vidas, através das nossas amizades. 
        O grande escritor William Shakespeare, em O Menestrel, nos deixa um grande legado para nossa reflexão: “bons amigos são a família que nos permitiram escolher”. E, se posso atrever-me a completar esta frase, não poderíamos deixar de arrematá-la assim: “através dos amigos, Deus nos permite sentir que somos todos membros de uma mesma família”. 
         De fato, amigos, somos todos membros da mesma família, da qual Deus é o Pai. Ora, este Pai que tanto nos ama e nos congrega como irmãos, deseja que nossa existência seja ilustradacom o companheirismo, antes mesmo da cumplicidade, dos amigos que Ele nos inspira. Por esse motivo, não é absurdo quando dizemos: “este amigo é um irmão para mim”! Sem dúvidas, somos irmãos, e tanto mais teremos consciência disso, na medida em que vivenciarmos a irmandade nesta família. 
          Assim, entendemos que tais irmãos não são escolhidos por nós, mas, nas incertezas de um mundo de acontecimentos aparentemente caóticos em sua sucessão, reluz a glória de Deus a inspirar-nos intercessores das auspiciosas bênçãos d’Ele em nossa vida, companheiros indispensáveis na jornada e, muitas vezes, confidentes de nossas inquietas aflições ou aspirações. Os amigos são degraus que nos levam à graça insondável que Deus quer derramar em nós, como de fato o faz, já ao concedê-los à nossa fraqueza. 
        Não são raras as passagens da Sagrada Escritura que nos falam da responsabilidade e necessidade da correção fraterna, cujo objetivo único é sinalizar o caminho que nos leva a Deus: “aquele que fizer um pecador retroceder do seu erro, salvará sua alma da morte e fará desaparecer uma multidão de pecados” (Tg 5, 20); ou ainda: “se teu irmão pecar, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão” (Mt 18, 15) . Precisamente, por isso, devemos compreender as diferenças entre os seletos amigos que Deus nos concede (aqueles que se assemelham a Cristo em sua missão: mostram-nos Deus) e os muitos colegas de travessuras que a vida nos apresenta. Dessa forma, saberemos valoriza-los como um presente de Deus, um verdadeiro Dom que Ele nos concede através da Amizade.
 
Rafael de Oliveira Archetti
A. D. MMXI

domingo, 11 de setembro de 2011

Câmara Municipal do Rio cria Comissão para a JMJ 2013


De autoria do Vereador Carlo Caiado, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro constituiu em Resolução Nº 1.214, de 26 de agosto, uma Comissão Especial com a finalidade de acompanhar os preparativos da realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) na cidade em 2013. Segundo o Vereador, alguns pontos como hospedagem, transportes públicos, segurança e local para a realização do encontro precisam ser priorizados.

— O número expressivo de visitantes que deve chegar à cidade faz com que o evento mereça tanta atenção quanto a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Além disso, como país de maioria católica, muito nos honra termos sido escolhidos para sediar a Jornada. Portanto, precisamos prestar serviços de qualidade para que os visitantes tenham informação e conforto, e possam aproveitar esta experiência da melhor forma possível, disse Caiado.


A Comissão tem como presidente o Vereador Carlo Caiado; Relator, Vereador Reimont; e membros os Vereadores Tio Carlos, Chiquinho Brazão e Professor Uóston. O Comitê Especial que acompanhará os preparativos para a realização da Jornada Mundial da Juventude Católica no Rio de Janeiro irá realizar audiências públicas com a participação da Igreja Católica para encaminhar sugestões e demandas à Prefeitura. Segundo o Vereador Carlo Caiado, o grupo também irá cobrar do Executivo a realização de metas e obras.

Já no cenário Federal, o deputado Rodrigo Maia também solicitou, no dia 24 de agosto, à Câmara dos Deputados requerimento para a criação de uma Comissão Especial para acompanhar a organização da JMJ 2013. Para o deputado é fundamental que a Câmara possa acompanhar, juntamente com a sociedade, o planejamento do evento e fiscalizar o uso de recursos públicos para a sua realização. Em seu blog, Rodrigo Maia afirmou que é preciso garantir qualidade de serviços e segurança aos milhares de jovens que estarão no país.
Fonte: Arquidiocese do Rio de Janeiro





sexta-feira, 9 de setembro de 2011

JMJ 2013: confira itinerário da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora


"Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção".
Foi com essas palavras que o Beato João Paulo II entregou aos jovens em Roma, no dia 22 de abril de 1984, aquela que ficaria conhecida como Cruz da Jornada, ou Cruz dos Jovens. Desde então, ela começou a peregrinar mundo afora, sempre levada pela juventude. Em 2003 junto com ela passou a peregrinar também o Ícone de Nossa Senhora.
Pela primeira vez, os dois símbolos máximos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) vão peregrinar pelo Brasil. Serão meses num itinerário que percorrerá todo o país e também passará pelos vizinhos do Cone Sul. Ao longo desse trajeto, os jovens terão a oportunidade de reavivar a fé e de sentir o gostinho do que será a JMJ 2013, que acontecerá no Rio de Janeiro.
A Cruz da JMJ e o Ícone de Maria chegam ao Brasil no dia 18 de setembro e serão recebidos em São Paulo com uma grande festa, o Bote Fé. A partir daí iniciam a peregrinação, que será concluída no Rio de Janeiro. A ideia é que os dois símbolos passem por todos os 17 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Estão também previstas 19 grandes festas nas capitais brasileiras, todas com o nome "Bote Fé".
Depois do dia 18 de setembro, a Cruz e o Ícone vão peregrinar, até o dia 30 de outubro, pelas sete províncias eclesiásticas do Regional Sul 1 da CNBB, que corresponde ao estado de São Paulo – o mais populoso do país e o que tem o maior número de dioceses, 50. Daí os símbolos seguem para o Regional Leste 2, composto por Minas Gerais e Espírito Santo, onde ficarão ao longo de todo o mês de novembro. No mês seguinte, será a vez do Regional Nordeste 3, composto pelos estados da Bahia e de Sergipe.
A peregrinação seguirá ao longo de todo o ano de 2012. Em dezembro, a Cruz e o Ícone deixam o Brasil e visitam Paraguai, Uruguai, Chile e Argentina. Já em Janeiro de 2013 retornam para concluir o itinerário no Sul do Brasil. A etapa final acontecerá no Sul de Minas, no Vale do Paraíba (SP) e, finalmente, no estado do Rio de Janeiro, onde os símbolos chegam em abril de 2013.
Veja, no quadro a seguir, quando a Cruz e o Ícone visitarão cada regional.
 Fonte: Jovens Conectados

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Igreja no Brasil celebra Mês da Bíblia com estudo do Livro do Êxodo


“Desconhecer as Escrituras é desconhecer o Cristo”, com essa frase, de São Jerônimo, a Igreja celebra, nesse mês de setembro, o Mês da Bíblia. Neste ano, o estudo proposto pela Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-catequética, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), será o Livro do Êxodo, capítulos 15,22 a 18,27, que é conhecido como o “Livro da Travessia”.

O Mês da Bíblia tem como tema “Travessia, passo a passo, o caminho se faz”, e o lema “Aproximai-vos do Senhor”.
O presidente da Comissão para a Animação Bíblico-catequética e arcebispo de Pelotas (RS), dom Jacinto Bergmann, escreveu uma mensagem para toda a comunidade cristã que celebra o Mês da Bíblia.
Dom Jacinto pede que todos procurem viver intensamente esse mês, em todas as comunidades cristãs espalhadas pelo território nacional. “Que bom que temos um Subsídio elaborado pela Comissão para a Animação Bíblico-catequética, que, usado em nossos Grupos Bíblicos, nos ajudará a conhecer e interpretar, a comungar e orar, a evangelizar e proclamar a Palavra de Deus e assim caminharmos sempre mais para uma verdadeira animação bíblica da pastoral, formando entusiastas discípulos missionários de Jesus Cristo”, destacou.

O Subsídio apresenta vários textos para estudo, reflexão, oração e prática para o Mês da Bíblia de 2011. Não pretende dizer tudo, mas apontar pistas para o trabalho individual e comunitário. Foi pensado como material de apoio, isto é, traz elementos informativos a serem desenvolvidos posteriormente e indica também roteiros práticos, que podem orientar grupos de reflexão e leitura orante sobre o assunto.

Fonte: CNBB

Bento XVI pede orações pelos educadores e cristãos na Ásia


O Papa Bento XVI pede para que, neste mês de setembro, todos os católicos rezem, de modo especial, "por todos os professores, para que saibam transmitir o amor à verdade e educar segundo valores morais e espirituais autênticos".

Num recente encontro com professores universitários, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Madri, Bento XVI pediu a eles que não percam o encanto pela verdade e não se esqueçam que o ensino não é simples transmissão de conteúdo, mas formação de jovens, a quem devem compreender e amar e ser para eles estímulo e fortaleza.
E na intenção missionária, o Santo Padre pede "para que as comunidades cristãs espalhadas no continente asiático proclamem o Evangelho com fervor, testemunhando a beleza com a alegria da fé".

“Na Ásia, os cristãos são minoria e as comunidades são muitas vezes dispersas, são pequenas e numericamente insignificantes se comparadas com a grande maioria de budistas, no caso do Camboja”, conta padre Alberto Caccaro, missionário por 10 anos no Camboja.

O padre missionário salienta que jamais considerou essas estatísticas um problema e que sua experiência no país asiático lhe mostrou que, mais que números, é preciso pessoas com fé.

“Existem muitas comunidades dispersas, comunidades de minorias, mas isso não quer dizer que são comunidades fracas, de fato, a fé não precisa de números, a fé precisa de corações crentes e, portanto, de pessoas que buscam constantemente o Senhor”, destaca o sacerdote.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Amizade, dom de Deus – parte II

        
        Estimados leitores, estamos, nestas últimas reflexões, meditando sobre a Amizade, que brota do Coração amoroso de Cristo e se derrama a nós em Dom de Deus. Na primeira desta série, detemo-nos nas primícias do exemplo que Jesus nos deixou acerca da amizade... Os evangelistas não pouparam detalhes para nos indicar com quão grande amor fraterno Cristo tinha seus amigos. “Amou com coração humano”, afirma o Concílio Vaticano II, na Gaudium et spes. 
        De fato, é o amor pelos homens que o impele à submissão de nossa natureza frágil para nos salvar. Temos visto que amor e amizade são inseparáveis, exatamente por ser esta dependente, intrinsecamente, daquele. Assim, podemos entender que, para estabelecer um laço de amizade conosco, Deus amou-nos primeiro. “De tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16) . 
E como, segundo Santo Agostinho, “só se ama aquilo que se conhece”, coube ao Unigênito mostrar-nos a face misericordiosa de Deus, sempre pronto a nos perdoar e acolher. É como se repetíssemos o pedido de Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta” (Jo 14, 8). Queremos, pois, estabelecer aquela amizade incondicional com o Senhor, fruto de uma sincera intimidade com Ele, que só nos é possível a partir do momento em que nos abrimos à revelação que o Filho nos dá. Portanto, a isto Ele nos responde: “Aquele que me viu, viu também o Pai” (Jo 14, 9) . Ou, como noutra passagem: “Ninguém jamais viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou” (Jo 1, 18). 
        De fato, é nisto que deve basear-se a nossa amizade com Deus... E para que tal relação não fosse, de modo algum, parcial ou condicionada às circunstâncias históricas ou culturais, Cristo não poupou a própria vida para que a revelação se consumasse. Por isso somos amigos de Deus: porque podemos conhecê-lO através de Jesus – mesmo que ainda restringidos pelas limitações de nossa razão. “Chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai” (Jo 15, 15). Cristo nos transmitiu o amor recebido de Deus, para que, provando-o, chegássemos à amizade com Ele: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10, 30) . 
        Enfim, amigos, para compreendermos o Dom da Amizade que Deus nos concede em nosso atribulado cotidiano, precisamos de antemão entender que qualquer amigo, só o pode ser verdadeiramente, se antes advir do amor de Deus. Noutras palavras, a amizade de Deus conosco, estabelecida em Cristo, é a única fonte da qual pode, seguramente, emanar a amizade que nos leva aos Céus, sobre a qual refletiremos no próximo artigo.

Rafael de Oliveira Archetti
A. D. MMXI

Morre Dom Clemente Isnard, ex-vice-presidente da CNBB



Morreu ontem, por volta das 18h, em Recife (PE), o bispo emérito de Nova Friburgo (RJ), e ex-vice-presidente da CNBB, dom Clemente José Carlos Isnard, de 94 anos, uma das grandes referências de liturgia da Igreja no Brasil. Dom Clemente teve uma parada respiratória, pouco depois de ter feito  fisioterapia. O sepultamente de seu corpo será amanhã, 25, no final da tarde, no Mosteiro de São Bento de Olinda. O horário ainda não foi divulgado.
Dom Clemente nasceu no Rio de Janeiro em 8 de julho de 1917 e pertencia à Ordem de São Bento (beneditino). Recebeu a ordenação presbiteral em dezembro de 1942. Em 25 de julho de 1960, foi ordenado bispo para a diocese de Nova Friburgo, onde esteve até ficar emérito em 1992. A partir desta data, tornou-se vigário geral da diocese de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro até o ano de 2004.
Dom Clemente tinha como lema episcopal “Seguindo a Ti como pastor”. Exerceu inúmeras atividades, tendo destacada atuação no Concílio Ecumênico Vaticano II em relação à liturgia. Foi membro do Conselho Federal de Cultura (1961), do Conselho Estadual de Educação (1961-1964) e do Conselho para Execução da Constituição de Liturgia (1964-1969).
Foi, ainda, Secretário Nacional de Liturgia (1964); Membro da Comissão Episcopal Pastoral da CNBB; Vice-presidente da CNBB (1979-1982); presidente do Departamento de Liturgia do CELAM (1979-1982); 2º Vice-presidente do CELAM (1983-1987); membro da Congregação para o Culto Divino; membro do 1º Sínodo dos Bispos em 1967.

Dom Clemente participou também das Conferências do Episcopado Latino-americano de Puebla (1979) e Santo Domingo (1992).

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Bento XVI anuncia tema da JMJ no Brasil


O Papa Bento XVI anunciou durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 24, o tema da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2013 que será realizada no Rio de Janeiro . “Ide e façais discipulos em todas as nações!”, uma referência ao Evangelho de Mateus (28,19).

Já para a Jornada diocesana do próximo ano, o Pontífice deu como tema uma passagem da Carta aos Filipenses: “Alegrai-vos sempre no Senhor!” (4,4).

Durante o encontro com os fiéis e peregrinos no pátio interno do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo, o Santo Padre recordou com entusiasmo a JMJ em Madri e enfatizou que estes dias lhe trouxeram mais esperança quanto ao futuro da Igreja.
“Foi um evento eclesial emocionante; cerca de dois milhões de jovens de todos os continentes viveram, com alegria, uma formidável experiência de fraternidade, de encontro com o Senhor, de partilha e de crescimento na fé: uma verdadeira cascata de luz”, salientou durante a Catequese.

Bento XVI destacou que os jovens demonstraram o firme e sincero desejo de enraizar suas vidas em Cristo, permanecer firme na fé e caminhar junto na Igreja.

"Tenho em mente o entusiasmo irreprimível com o qual os jovens me receberam, no primeiro dia, na Praça de Cibeles, suas palavras cheias de expectativas, o forte desejo de se orientarem sobre a verdade mais profunda e de radicar-se nela, aquela verdade que Deus nos deu a conhecer em Cristo”, recordou o Papa.

Ao lembrar do encontro com as jovens religiosas no Mosteiro de El Escorial, o Pontífice disse que o que mais lhe chamou a atenção ali foi ver o entusiasmo delas, uma fé jovem, cheia de coragem em relação ao futuro e a vontade de servir a humanidade.

Aos jovens professores universitários, o Santo Padre recordou o que significa ser  verdadeiros formadores das novas gerações, enfatizando que é preciso guiar-se na busca da verdade não só com as palavras, mas também com a vida, cientes de que a verdade é o próprio Cristo. “Encontrando Cristo, encontramos a verdade”, ressaltou.
Chamados de Deus

O Papa recordou também os momentos intensos na celebração da Via Sacra, onde uma multidão variada de jovens reviveu com intensa participação as cenas da paixão e morte de Cristo. “A cruz de Cristo dá muito mais do que o que é necessário, dá tudo, porque nos leva a Deus, salientou.

Na Missa na Catedral da Almudena, em Madri, com os seminaristas, o Papa destacou o desejo para que cresçam as vocações para o sacerdócio e para a vida religiosa, lembrando que muitos jovens sentiram o chamado para essas vocações em Jornadas anteriores.

“Estou certo que, também em Madri, o Senhor bateu às portas dos corações de muitos jovens para que o sigam com generosidade no ministério sacerdotal ou na vida religiosa”, afirmou.

Outro momento emocionante para o Papa foi a visita a um instituto que cuida de jovens com diversos tipos de deficiências físicas. Para ele, os voluntários que ali trabalham são testemunhas silenciosas do Evangelho da caridade e da vida.


Momentos intensos

Bento XVI recordou ainda a Vigília de Oração no Aeroporto Cuatro Vientos, onde nem a forte chuva e o vento puderam diminuir o entusiasmo dos jovens.

“Uma multidão de jovens em festa, nada intimidados pela chuva e pelo vento, permaneceu em adoração silenciosa a Cristo presente na Eucaristia, para louvá-lo, agradecê-lo, pedir a ele ajuda e luz”, lembrou o Papa.

Na Celebração Eucarística do domingo, 21, contou o Santo Padre, os jovens manifestaram a exuberância e a alegria de celebrar o Senhor na Palavra e na Eucaristia, para juntos sempre mais a Ele, reforçar sua fé e a vida cristã.

Para Bento XVI, o encontro de Madri foi uma estupenda manifestação de fé para a Espanha e para o mundo antes de tudo que trouxe aos jovens uma ocasião especial para refletir, dialogar, trocar experiências positivas e, sobretudo, rezar junto e renovar o empenho de radicar a própria vida em Cristo, amigo fiel.

“Estou certo que eles retornaram às suas casas e retornam com o firme propósito de ser fermento na massa, levando a esperança que nasce da fé. Da minha parte, continuo a acompanhá-los com a oração, para que permaneçam fiéis aos empenhos assumidos”, afirmou.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Cruz da JMJ peregrinará pelo Brasil


A Cruz que acompanha todas as edições da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) chegará, no Brasil, no dia 18 de setembro deste ano.

A chegada será em São Paulo e dali a cruz peregrinará por todo o país. Em cada parada serão realizadas pré-jornadas que prepararão os jovens e toda a Igreja para o grande evento com o Papa em 2013.
“Será um tempo de preparação para a JMJ 2013, de renovação da fé. A passagem da cruz será uma ocasião para rever elementos fundamentais do mistério da cruz, pontos fundamentais da nossa fé e do nosso Catecismo”, destaca o Bispo da Diocese de Caraguatatuba (SP), Dom Antônio Carlos Altieri .

Mas o conteúdo de formação destas pré-jornadas, explica Dom Altieri, serão preparadas por cada bispo junto aos párocos de suas dioceses.

“Será um tempo fecundo de preparação. Será um marco para a Igreja no Brasil”, acredita o bispo salesiano.

Todos são convidados para receber a cruz em São Paulo. Depois ela deverá seguir para o sul do país, em seguida para o sudeste, centro-oeste, norte e nordeste. Ao voltar para o Vale do Paraíba, em São Paulo, a cruz deverá passar por Aparecida e pela sede da Canção Nova, em Cachoeira Paulista, antes de, finalmente, ir para o Rio de Janeiro.

Dom Altieri explica que a cruz é um símbolo da redenção para a fé cristã, assim, a passagem da cruz será um momento de abraçá-la verdadeiramente, por amor.

“Esta será uma oportunidade para que entendamos o que é ser cristão, o que é dar a vida pelos amigos e inimigos por amor, não por imposição, sem arrastar isso como se não tivesse outra opção, mas na alegria de quem vê o futuro desse sacrifício”, enfatiza.

Os falsos ídolos da atualidade mostram para os jovens e para a sociedade que a felicidade é encontrada na satisfação de prazeres que são momentâneos. Desda forma, para o bispo salesiano, a passagem da cruz, mostrará que é possível viver no mundo de outra forma.

“A JMJ 2013 terá uma repercussão para toda a Igreja. É um evento que vai mexer com toda nossa estrutura eclesial. Faremos o melhor para que ela dê frutos duradouros. A Igreja no Brasil será marcada por antes e depois da JMJ Rio”, salienta o bispo.

domingo, 21 de agosto de 2011

Rio de Janeiro será a próxima sede da JMJ, anuncia Bento XVI


O Rio de Janeiro será a sede da Jornada Mundial da Juventude 2013! O anúncio oficial foi feito pelo Papa Bento XVI, ao fim da Missa de encerramento da JMJ Madri, neste domingo, 21.

A data prevista para o evento é de 23 a 28 de julho de 2013 e a expectativa é reunir mais de dois milhões de jovens peregrinos.

"Este é o maior evento da Igreja. Juntando o número de pessoas de uma Copa do Mundo e uma Olimpíada, não dá a metade do que se dá numa Jornada Mundial da Juventude”, destaca o assessor da Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB, padre Carlos Sávio Costa Ribeiro.
Para os jovens da América Latina será mais barato vir ao Brasil do que ir para uma JMJ na Europa, por isso, o vice-coordenador geral da JMJ Rio, Dom Antônio Augusto, espera que o público seja ainda maior que o da JMJ Madri.

Segundo Dom Antônio, a escolha do Papa pelo Brasil tem muito a ver com a esperança que o Santo Padre tem pela América Latina. “É uma demostração viva de como a Igreja se apoia muito nos países latino-americanos onde o carisma e a fé do povo católico são muito fortes”, destaca.

Hoje, a fé da América Latina é um exemplo para os outros países da Europa que precisam de uma nova evangelização. Para o cantor e missionário da Comunidade Canção Nova, Dunga, a JMJ Brasil trará um "novo impulso para a evangelização dos jovens", primeiramente se expandindo para todo continente e, depois, atingindo todo mundo.

"Será uma oportunidade para todas as dioceses de nosso país, junto com seus bispos, sacerdotes e leigos, vivam uma profunda comunhão, demostrando que a Igreja é uma grande família", destaca Dom Antônio.

Segundo ele, a escolha não foi só pelo Rio de Janeiro, mas pelo Brasil, e  será um sinal de unidade e mor diante de tantas tragédias que o mundo está vivendo.

“O Brasil mostrará que a Igreja é um só coração e uma só alma, exemplo de unidade, comunhão para esta sociedade que tanto sofre com divisões, fragmentação de valores e desigualdade social. Que o Brasil possa demostrar pra todo mundo que a fé une os corações”, enfatiza.


Programação

Na programação oficial da JMJ Rio já estão confirmadas as catequeses, a Via Sacra, a Vigília e a Missa com o Papa, eventos já tradicionais em todas as edições da JMJ.

“Fora da estrutura oficial do evento, não temos nada planejado ainda. Mas o Brasil certamente tem muito a oferecer aos jovens”, conta o  vice-coordenador.

Para o missionário Dunga, as apresentações das bandas brasileiras na JMJ Madri foram um aperitivo do que acontecerá na JMJ Rio.


Custos da JMJ Rio

Organizar uma JMJ realmente é algo que acarreta muitas responsabilidades, preocupações e empenhos, salienta Dom Antônio. A arquidiocese do Rio e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estarão a frente desta organização que tem como coordenador-geral Dom Orani  João Tempesta, Arcebispo do Rio.

“A maioria dos recursos procederão das inscrições que começarão no final de 2012. Mas antes do inicio das inscrições precisamos de recursos para as primeiras despesas como a divulgação”, explica  o vice-coordenador.

Além das inscrições dos jovens, a Igreja espera contar com recursos vindos de patrocinadores. Já os suportes na segurança e no transporte serão concedidos pela prefeitura do Rio de Janeiro, como é natural em qualquer evento.

“Esperamos que escolas, paróquias e as famílias abram suas casas para acolher esses jovens”, destaca Arcebispo Emérito do Rio.


Expectativas

Desde 2007, quando o Brasil se colocou oficialmente como candidato para sede de uma JMJ que as expectativas eram grandes. Em 2010, a Arquidiocese do Rio de Janeiro, durante a Jornada Arquidiocesana da Juventude, exibiu um vídeo expressando o entusiamo da arquidiocese para que a capital carioca  fosse escolhida como sede da próxima JMJ. 

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

"Vida consagrada nasce da escuta da Palavra de Deus", diz Papa


No segundo dia da visita do Papa Bento XVI a Madri, na Espanha, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o Santo Padre se encontrou com jovens religiosas do Mosteiro da cidade de São Lourenço de El Escorial e agradeceu a fidelidade de cada uma, à vocação que elas receberam.

"Cada carisma é uma palavra evangélica que o Espírito Santo recorda à sua Igreja (cf. Jo 14, 26). Não é em vão que a vida consagrada «nasce da escuta da Palavra de Deus e acolhe o Evangelho como sua norma de vida", ressaltou.
Bento XVI refletiu sobre a radicalidade evangélica como um testemunho de vida diante do relativismo da sociedade atual.  "A radicalidade evangélica é estar «enraizados e edificados em Cristo, e firmes na fé» (cf. Col 2, 7), que, na vida consagrada, significa ir à raiz do amor a Jesus Cristo com um coração indiviso, sem nada antepor a esse amor".

Recordando suas palavras na mensagem para esta JMJ, o Santo Padre afirmou que o mundo vive uma espécie de "eclipse de Deus", uma "amnésia" ou até mesmo "rejeição do cristianismo e uma negação do tesouro da fé recebida, com o risco de se perder a própria identidade profunda".

Diante dessas circunstâncias, o encontro pessoal com Cristo, que alimenta a vida consagrada adquire uma especial relevância e "deve revelar-se, com toda a sua força transformadora".

Radicalidade evangélica

Bento XVI explicou que a radicalidade evangélica se exprime "na missão que Deus vos quis confiar". "Desde a vida contemplativa que, na própria clausura, acolhe a Palavra de Deus em silêncio eloquente e adora a sua beleza na solidão por Ele habitada, até aos mais diversos caminhos de vida apostólica, em cujos sulcos germina a semente evangélica na educação das crianças e jovens, no cuidado dos doentes e idosos, no acompanhamento das famílias, no compromisso a favor da vida, no testemunho da verdade, no anúncio da paz e da caridade, no trabalho missionário e na nova evangelização, e em muitos outros campos do apostolado eclesial", explicou.

O Papa ressaltou que este é o "testemunho de santidade" a que Deus chama os consagrados. "Seguindo de perto e incondicionalmente Jesus Cristo na consagração, na comunhão e na missão. A Igreja precisa da vossa fidelidade jovem, arraigada e edificada em Cristo".

Após o encontro com as religiosas o Santo Padre se encontrou com jovens professores universitários na Basílica de São Lourenço de El Escorial, onde fez um discurso.

 
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